2 de nov. de 2012

Àqueles que fazem falta

Aos dez anos, uma menininha que estudava teatro que sonhava com Ciência da Computação. Aos quinze, uma adolescente que estudava informática e sonhava com Artes Cênicas. Aos dezessete, quase uma adulta que entrou na Faculdade de Ciência da Computação. Aos dezoito, um lugar, um sonho, uma realização, um grupo de pessoas que estava lá. Ao longo da vida, um único sentimento: Saudade. É a isso que se resume minha vida: conhecer pessoas e lugares, amá-los, encerrar ciclos e sentir saudades. Não, essa não é a primeira vez que eu escrevo sobre o assunto, e certamente não será a última, pois eu vivo encerrando ciclos e vivo sentindo saudades. Mas, se eu sigo em frente é porque estou seguindo meu caminho, aquele, que tracei há tanto tempo. Talvez não seja exatamente como o que eu planejei aos dez anos, mas certamente é como sonhei no início do ano - ou teria sido ontem? - bem, não sei ao certo. Se eu sinto saudades, é porque os lugares por onde passei e as pessoas que neles encontrei deixaram marcas, incrivelmente boa, é claro, afinal, nem mesmo eu, com toda minha estranheza, sou capaz de sentir saudades das coisas ruins. Se sinto saudades, é porque estou viva, é porque vocês me mantém viva. Obrigada por me manterem viva, obrigada por serem tão "saudosantes". É, eu sei, já faz três semanas que acabou e eu simplesmente não disse nada. Eu não disse porque não estava pronta. Eu não disse, porque simplesmente não conseguia sintetizar. O amor pelas palavras às vezes torna difícil achá-las. Sintetizar o amor por pessoas em palavras, é, quase sempre, uma missão impossível...