29 de abr. de 2012

Um dia de chuva

Escrito originalmente em: 27/04/2012 Hoje foi um daqueles dias em que você acorda e simplesmente não tem nenhuma vontade de levantar-se. Isso porque eu vivo em uma cidade sistemática demais. Essa cidade que tanto corre funciona como um relógio, se uma das engrenagens para, tudo para. Eu acordei, vi que a chuva ainda não havia cessado e soube exatamente o que iria acontecer nas horas seguintes: o dobro de tempo no trânsito - como se o tempo que passo em dias "comuns" já não fosse suficiente -, perder o ônibus da faculdade, fazer o trajeto a pé e sob a chuva. não é que eu não goste de chuva ao contrário, ela pode ser até muito agradável, se você estiver em casa, de preferência junto aos seus, sabendo que eles também estão em segurança. Eu, meu iPod, meu guarda-chuva de poás - que minha mãe sempre diz ser de "velha" -, quinze minutos de caminhada tranquila e... Pensamentos viajantes. A garoa era fina, o que minha avó chamaria de "sereno", pensei em por que estava usando o guarda-chuva, pensei em fechá-lo e andar sob o sereno, me sentir livre, como nos filmes onde as pessoas sempre fazem isso - sei que este foi um pensamento bastante abusivo para alguém que acabou de se recuperar de uma crise alérgica/gripe -, quis viver em um daqueles filmes, me imaginei em um daqueles filmes, andando sob a chuva, observando a arquitetura dos grandes prédios e as pessoas pessoas - que eram poucas por perto -, porém, infelizmente isso não é um filme, não sou uma personagem e nem se quer era chuva. "Bem-vinda a mais um dia de aula!!!".